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Como escritórios de arquitetura estão respondendo ao COVID-19?

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O impacto do novo coronavírus na economia, na vida cotidiana e na interação humana tem sido mais abrangente e devastador do que muitos poderiam imaginar quando o primeiro caso conhecido foi relatado em Wuhan, China, em dezembro de 2019 . Para controlar a disseminação do COVID-19, as empresas em todo o mundo passam a adotar trabalho remoto. Eventos internacionais, regionais e locais importantes foram adiados ou cancelados. Faculdades, universidades e escolas estão transmitindo aulas online. Os países responderam declarando estados de emergência, quarentenas nacionais e proibições de viagens. Como os escritórios de arquitetura estão respondendo ao COVID-19?

Renato Siqueira, Diretor de Operações do estúdio São Paulo da Perkins and Will.

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Quais foram suas maiores preocupações?
Entre as principais preocupações estavam a manutenção da segurança da nossa comunidade, nossos colaboradores, clientes e parceiros. Em paralelo, procuramos aplicar as melhores medidas para garantir a continuidade do atendimento aos clientes e andamento dos projetos com o mesmo nível de qualidade e atenção aos detalhes que temos no dia a dia.

Como foi a mundança para o trabalho remoto?
Somos um estúdio global, com 27 unidades ao redor do mundo e, por isso, estamos sempre conectados por meio de ferramentas digitais e acostumados ao trabalho remoto. Semanas antes de oficializar a quarentena, já estavamos nos preparando globalmente para aderir 100% ao Home Office. Contamos com a mobilização global e local do nosso time de TI, que deu e continua dando todo o suporte necessário para toda a equipe.

Quais foram os impactos diretos no escritório?
A equipe se adaptou muito bem ao novo modelo. Temos uma cultura forte de colaboração e, de certa forma, o time se aproximou ainda mais, intensificando a comunicação entre si e com os clientes e parceiros. Como designers, nos emprenhamos para entender como todo esse cenário impacta e transformará não só nossa forma de trabalhar, mas a forma de interagir com os espaços construídos.

Quais foram as alteracões na política do escritório?
Procuramos manter a normalidade em todos os processos administrativos e operações, criando alternativas quando necessário.

O que funcionou bem na nova rotina e pode ser compartilhado?
Intensificamos a comunicação com clientes, parceiros e colaboradores, fazendo contato frequente via videoconferência. Já realizamos, por exemplo, uma reunião interna com todos os 74 funcionários simultaneamente conectados para atualizar a todos das iniciativas e novidades do estúdio.

Daniel Toledo, CEO da Königsberger Vannucchi

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Sócios e Associados da Königsberger Vannucchi

Quais foram suas maiores preocupações?
A segurança da equipe, clientes e dos seus familiares. Por isso, um grande plano de gestão foi articulado para que as 78 pessoas que trabalham na KV, e que vivem e moram em diferentes locais, bairros e realidades, pudessem trabalhar de casa com uma infraestrutura necessária garantida.

Como foi a mudança para o trabalho remoto?
No final de fevereiro, a crise do Coronavírus na China acendeu nosso alerta e definimos o 1o protocolo tornando obrigatório o home office, que foi sendo adotado gradativamente até 18.03, quando 100% da equipe (78 pessoas) passou a trabalhar de casa. Nosso principal cuidado é, e será sempre, manter nosso pessoal e nossos clientes saudáveis e seguros. Mesmo não tendo nenhum caso confirmado, começamos cedo esse movimento afim de contribuir para reduzir a velocidade com que a contaminação ocorre, de forma a reduzir os danos sobre as pessoas e a sobrecarga decorrente sobre o sistema de saúde.

Quais foram as alterações na política do escritório?
Antes da quarentena, tomamos algumas medidas. Em primeiro lugar, verificamos se a equipe tinha as condições necessárias para trabalhar à distância e redirecionamos os telefones para determinados celulares. Para manter o engajamento, criamos uma rede social interna para trocar informações e relatar dúvidas e experiências durante esse período. Aumentamos a capacidade de conexão de internet dedicada da empresa (de 40 para 150 MB) criar a própria “nuvem” privada. Transportamos os computadores para a casa das pessoas e elaboramos um manual de como conectar e configurar os equipamentos, além de contratos de cessão das máquinas para o uso temporário, garantindo o sigilo e a confiabilidade de nossos dados.

Marcelo Breda, CEO da IT’S Informov

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Quais foram suas maiores preocupações?
O novo cenário mereceu e merece cautela, transparência e alinhamento de informações. Nossa maior preocupação foi manter o pleno funcionamento da empresa mas ao mesmo tempo proteger nossos funcionários com estratégias que contenham a propagação da doença. Tivemos que fazer adaptações rápidas neste sentido como reuniões por videoconferência e a aplicação do home office.

Como foi a mudança para o trabalho remoto?
Temos colaboradores de alta performance, com alto grau de produtividade e excelência, isso minimiza e nos afeta menos quando temos que sair do escritório e trabalharmos de nossas casas. O trabalho remoto não impactou nosso rendimento.

Quais foram os impactos diretos no escritório?
Paramos 100% das obras mesmo a Construção Civil não sendo alvo da quarentena recomendada pelo Governo de São Paulo.

Quais foram as alterações na política do escritório?
A partir do momento que já estávamos pensando em adotar o sistema remoto de trabalho, mobilizamos intensamente nosso departamento de tecnologia a fim de buscarmos soluções para que todos pudessem desempenhar seu trabalho de casa. Além disso, mantivemo-nos muito próximos de nossas equipes para entender suas dificuldades e ajudando-os a solucionar os problemas. Dessa maneira, vimos um melhor direcionamento em todas as áreas da empresa para evitar certos desencontros de informações e prazos.

O que funcionou bem na nova rotina?
Conseguimos manter o entrosamento das equipes e todas as reuniões fluíram bem, não percebemos quedas drásticas na produtividade das pessoas. Acreditamos que o bom entrosamento, relacionamento e, acima de tudo, o comprometimento de nosso pessoal foram fatores fundamentais para que as coisas dessem certo.

Bruno Campos | BCMF Arquitetos

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Quais foram suas maiores preocupações?
Nossa maior preocupação era conseguir informações precisas sobre o coronavírus, separar o joio do trigo na avalanche de notícias e mensagens que recebíamos diariamente de diversas fontes.

Como foi a mudança para o trabalho remoto?
Demos a sorte disso tudo acontecer no momento em que estava programada uma reforma do nosso espaço de trabalho (mudança de layout, mobiliário, pintura e iluminação), que dividimos com a Hardy Design e com a MACh, então aproveitamos para acelerar o processo (que iria ser tocado em fins de semana).

Quais foram os impactos diretos no escritório?
Não houve muito impacto no sentido de cancelamento ou pausa repentina de nenhum projeto ou obra, apenas um ou outro adiamento de prazo de entrega. Na verdade, pelo contrário, continuamos recebendo vários convites para concorrências e propostas.

Quais foram as alteracões na política do escritório?
O Marcelo Fontes, um de nossos coordenadores (Marcos Guimarães) e o nosso administrativo (Romualdo Bonfim) continuaram a frequentar “normalmente” o escritório, para coordenar a reforma e tentar trabalhar, mas o resto da equipe ficou trabalhando de casa. Eu e o Silvio também tentamos continuar a rotina de trabalho no escritório, mas com a obra ficou impossível e tivemos que partir para o esquema “home office”.

O que funcionou bem na nova rotina?
Home-office não existe para pais quem tem duas crianças pequenas (meu caso), ainda mais quando as escolas suspendem as aulas. Por outro lado, para outras pessoas pode funcionar muito bem, já que podem trabalhar noite a dentro, se concentrando quase até o nível da hipnose. As reuniões presenciais e de obra foram totalmente interrompidas, e tudo passou a ser feito via conference call, o que às vezes é improdutivo. Quanto ao compartilhamento de arquivos, já estávamos acostumados a trabalhar via Google Drive e com o BIM Track (em função dos projetos que fazemos para o Google e outros que necessitam de intensa compatibilização). Mas em função de outros clientes começamos a usar também o Microsoft Teams, que foi uma grata surpresa aliás.

Thaisa Bohrer – Bohrer Arquitetura

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Quais foram suas maiores preocupações?
A maior preocupação foi com a segurança dos nossos colaboradores. Por isso, a primeira medida que tomamos foi pedir para que os funcionários do grupo de risco ou quem tinha contato direto com essas pessoas, fossem para casa.

Como foi a mudança para o trabalho remoto?
Foi um processo leve e não muito complicado. No nosso escritório temos uma certificação de qualidade e os processos, são muito organizados. Por exemplo: se algum funcionário tem algum problema de saúde ou precisa entrar de licença, conseguimos saber exatamente o que a pessoa fez e onde ela parou. Para nós o home office foi bem natural. A parte mais estressante foi que, estávamos vivendo uma pandemia e ninguém tem certeza do que vai acontecer. A questão mais preocupante foi com a saúde em geral mesmo.

Quais foram os impactos diretos no escritório?
Ainda é muito cedo para termos certeza do que vai acontecer. A princípio nossos clientes não pararam os projetos. A única coisa que foi afetada em nosso cronograma foram algumas montagens de apartamentos decorados por conta da logística. Vamos continuar fazendo o cadastramento dos projetos que já estavam planejados. E assim, não perderemos nenhum prazo.

Quais foram as alterações na política do escritório?
Sempre tivemos bastante autonomia. As gerentes continuam em contato direto com as equipes, então a princípio não teve uma grande mudança, talvez só o local físico tenha mudado – saímos do escritório para as nossas casas. E o trabalho está fluindo muito bem.

O que funcionou bem na nova rotina?
Temos reuniões diárias de programação e optamos por utilizar um aplicativo chamado Monday, onde incluímos uma planilha com nossas atividades diárias e está disponível online. O colaborador vai lá, executa a tarefa e coloca como concluído, caso a atividade não tenha sido executada, conseguimos visualizar no relatório no final do dia. Dessa maneira é mais fácil mapear as tarefas, os pontos de atenção e o que precisa de uma atenção especial.

imagem em destaque: Escritório IT’S Biofilia / IT’S Informov por Alexandre Oliveira – Jafo Fotografia

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